O carro mais caro do mundo é uma Ferrari. E ela não é vermelha e, sim, verde. Trata-se de uma raríssima 250 GTO Scaglietti Berlinetta 1962 que foi vendida recentemente em uma transação particular pela estratosférica quantia de US$ 35 milhões, ou pouco mais de R$ 71 milhões. De acordo com a agência de notícias Bloomberg, o cupê supera os cerca de US$ 34 milhões pagos em 2010 pelo colecionador californiano Peter Mullin, por um Bugatti Type 57SC Atlantic 1936, até então dono do título de automóvel mais caro do mundo. Em janeiro, outra 250 GTO, fabricada em 1963, foi vendida por US$ 32 milhões no Reino Unido.
A 250 GTO verde, de chassis 3505GT, é uma das 39 unidades desenhadas pelo italiano Sergio Scaglietti e fabricadas pela Ferrari entre 1962 e 1964. Esta, em especial, foi construída para ser guiada pelo piloto britânico Stirling Moss na 24 Horas de Le Mans de 1962. O nome do piloto está grafado no encosto do banco direito e a carroceria foi pintada de verde claro, pois era a cor oficial da equipe de Moss, a UDT. O piloto, porém, não teve o prazer de acelerar a Ferrari durante a corrida. Vítima de um grave acidente que o tirou definitivamente das pistas, dias antes da prova, Moss foi substituído pelo também veterano Innes Ireland.
Outra curiosidade é o fato de o carro ter sido comprado pelo colecionador norte-americano Craig McCaw, em Sussex, no sul da Inglaterra, mesma cidade onde Moss se acidentou. Seu proprietário anterior, o empresário holandês Eric Heerema, comprou o carro no início dos anos 2000 por US$ 8,5 milhões. A 250 GTO traz um belo V12 3.0 litros capaz de desenvolver 300 cavalos de potência debaixo do capô, e chegou a cravar o 0 (zero) a 100 km/h em 6s1. A velocidade máxima do modelo atinge 280 km/h.
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