Volkswagen marca fim da Kombi com série Last Edition

 Ao final do ano, a Volkswagen deixará de oferecer a Kombi no mercado brasileiro, devido ao não-enquadramento do comercial leve nas leis de segurança tupiniquins. Para marcar o fim da Velha Senhora, em produção desde 2 de setembro de 1957, a marca alemã anunciou a série especial Last Edition. Com apenas 600 exemplares montados, o modelo chega às lojas ainda neste mês, ao preço de R$ 85 mil por unidade (atualmente, o utilitário parte de R$ 46.740).

Em relação às demais Kombi comercializadas atualmente, a Last Edition traz visual diferenciado, com pintura em dois tons (“saia-e-blusa”): branco na parte superior da carroceria, azul na inferior. A cor branca ainda aparece em para-choques, faixa decorativa abaixo da linha da cintura, rodas e calotas. Já a do céu surge em molduras de setas e faróis e na grade. Os vidros são mais escuros e há desembaçador no posterior. Há adesivos laterais indicando a edição. A VW ainda promete um certificado de autenticidade para cada unidade.
Por dentro, a última Kombi conta com bancos forrados em vinil com bordas em azul e faixas centrais nos tons externos. Laterais e costas dos assentos são cinza. Portas e porta-malas são revestidos na mesma cor azulada e não faltam carpete para assoalho, estepe e bagageiro. As janelas contam com cortinas, tendo o nome do modelo bordado.
 
O painel também é próprio: lá está a plaqueta que identifica o número da unidade, como no exemplo “001/600″ do primeiro veículo. O quadro de instrumentos conta com grafismo exclusivo, com velocímetro em posição central. O sistema de som tem visor iluminado por LED vermelho, possui conexões USB e AUX e reproduz arquivos MP3. No porta-luvas, o manual de instruções traz capa especial.

O motor adotado é o mesmo dos utilitários atuais. Trata-se do 1.4 8v Total Flex, capaz de gerar 78 cv com gasolina e 80 cv com etanol, sempre a 4.800 rpm. O torque é de 12,5/12,7 kgfm (3.500 rpm). A transmissão é manual, com quatro marchas.
 
A Kombi nasceu na década de 1940, na Holanda, com a ideia de Ben Pon. Na ocasião, precisava-se de um veículo para transportar cargas leves. Ele, então, pegou a base do Fusca para criar o utilitário, que anos depois ganhou uma variação de fábrica da Volkswagen. Em 1953, a Velha Senhora foi nacionalizada, mas com peças importadas. Apenas em 1957 sua produção nacional enfim foi iniciada, na fábrica atual de São Bernardo do Campo (SP). A Kombi, abreviação brasileira para o termo Kombinationsfahrzeug (veículo combinado, em alemão), foi o primeiro veículo feito pela VW fora de sua terra natal. De lá pra cá, o País montou mais de 1,5 milhão de unidades.

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